Essa espécie não é, na realidade, um canário totalmente branco pois muito embora seu fenótipo assim se apresente, nota-se resquícios de carotenóide, em especial nas bordas das penas periféricas das asas, cauda, encontros e outras regiões do corpo. Nota-se uma incidência maior do lipocromo nos machos. Daí haver um aproveitameno maior das fêmeas para concursos, por apresentarem uma inibição maior do lipocromo na plumagem, característica que muito as valoriza na condição de Branco Dominante.
O carotenóide ou lipocromo varia do amarelo ao vermelho-laranja e marfim, devendo prevalecer, contudo, a tonalidade "amarelo limão".
A hereditariedade do fator Branco Dominante explica-se, em parte, pelo seu próprio nome, sendo ele dominante em relação aos demais fatores, isto é, domina as demais cores de fundo, seja amarelo, laranja , vermelho ou marfim. Daí obtermos do acasalamento de um branco dominante com um canário amarelo normal, teoricamente, 50% de Branco Dominante e 50% de amarelos.
Não existe o Branco Dominante homozigoto, visto ser ele letal, havendo a perda de 25% dos embriões, pelo fator sub-letal no acasalamento de dois brancos dominantes.
Constata-se que poucos são os criadores no Brasil que se dedicam a essa variedade de branco, haja vista a disseminação do Branco Recessivo, teoricamente mais fácil de se criar. A peculiaridade da espécie de somente as fêmeas reunirem as melhores condições técnicas para concurso, e dos machos apresentarem indesejáveis incrustrações lipocrômicas, e ainda, dos filhotes amarelos apresentarem muita névoa (dificultando, portanto, o aproveitamento em criações de amarelos intensos) levam os criadores brasileiros a desprezar essa linha, fato certamente lamentável.